domingo, 16 de maio de 2010

ESTIMAÇÃO... LEMBRANÇAS!!!!

Este artigo escrevi em minha antiga página no barbacenaonline, e hoje, relendo algumas coisas, resolvi compartilhar. É muito bom recordar.
ESTIMAÇÃO
Uma coleção, seja do que for, é considerada como estimação?
Imagine sua amiga ou amigo, irmão, tio, alguém que você tem uma afeição, viaja.
Ta lá... feliz, à beira mar, em Portugal? Viajando pela Europa, ou foi dar uma voltinha ali na Argentina. Ah! No Mato Grosso? Pantanal, heim? Ou então ali mesmo em BH, Juiz de Fora, o lugar não é parte importante desta nossa conversa; importante é que de repente você recebe um cartão postal.
Pronto. É aí que começa. O cartão é recebido com alegria: - Oh!!!! Que lindo, que lugar encantador! Lá no fundinho do coração fica toda feliz: lembraram de mim, que bom. O cartão vira objeto de exposição; sempre mostrado a todos que chegam. Depois de alguns dias arranja uma caixa para guardar, pois um “lugar” tão lindo não pode ser colocado em qualquer gaveta; preste atenção que já não é mais olhado como um cartão postal e sim como uma lembrança.
É no momento da escolha de onde guardar este presente que começa o seu sentimento por ele. Depois você viaja, compra um para enviar e outro para si.
Passei por esta experiência na minha juventude, meu pai era viajante, mandava postais de todas as cidades por onde passava, meu irmão viajava? Trazia um postal, peguei emprestados alguns de minha irmã ( acho que ela nem se lembra), meu amigo quando voltou para o Rio de Janeiro, sabendo da coleção,logo me enviou alguns e assim o tempo passou, e a coleção continua crescendo.
Quando éramos alunos do Estadual, lá na década de 60, fazíamos coleção de várias coisas. Só para matar de saudade a turma daquela época vou lembrar de algumas: caixa de fósforos ( aquela de papel), flâmulas – a do Colégio Estadual ainda tenho até hoje, selos, lápis de propaganda, álbuns de figurinhas, papel de bala. Ah! Pôster de propaganda dos filmes que seriam exibidos no Cine Apolo, em preto e branco, coloridos, enormes; o gerente nos dava na semana seguinte que o filme saia de cartaz.
Mas as coleções não foram privilégio da minha geração, meus filhos também colecionavam coisas, as meninas fizeram coleção de papel de cartas, bonequinhas, álbuns de figurinhas. Os meninos, figurinhas de jogador de futebol, camisa de time.
As meninas hoje colecionam Barbie, fotos dos Rebeldes. Já colecionaram pulseira da Xuxa, batom da Angélica, é muita coisa que a garotada guarda e acaba virando coleção...
Não sei se é bom ou não, falando assim tecnicamente, pois não estudei psicologia para poder entender.
Mas é tão bom, tão agradável, depois de algum tempo abrir uma caixa e encontrar ali guardados tantos objetos que fizeram parte da juventude, da vida. Coisas que compartilhamos com nossos irmãos, colegas de escola e amigos.
Não é saudosismo, é a reconstrução da vida, é a possibilidade de sentir que se viveu, que compartilhou; que foi feliz.
Até breve.

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