quarta-feira, 30 de março de 2011

LIVRO DA FADA LILICA – CAPÍTULO DA LEMBRANÇA


ESCUTAR GERALDO AZEVEDO CANTAR:

_ VOCÊ SE LEMBRA?


Faz nosso coração bater uma batida a menos.

Me diz em que lugar,

Me diz, você se lembra?


Lembra da sua infância,

Da ladeira,

Do quintal, do muro?

Das vezes que trocamos os brinquedos?


Me diz, você se lembra?


E agora? Onde encontrar você...

Onde olhar seus verdes olhos? Onde, quando? Me diz, me diz!

Você me vê? Sabe o que sinto, o que faço?


Já conhece toda a nossa história.

O que fizemos,

O que amamos.


Cada música que escuto, escuto pra nós dois.


Quanto ainda falta!

Vou poder te encontrar,

Rever suas mãos tão queridas?

Trocar nossos pensamentos em longas conversas,

Silenciosas para alguns,

Mas cheias de diálogos para nós.


Me diz,

Você pode me dizer?

Então, espero.


Texto: Nieta Ede25/01/2011

Foto: Nieta Ede - Tela - óleo sobre tela.

quarta-feira, 23 de março de 2011

PECADO E PECADOR

Pecado e pecador

A sociedade humana possui a tendência de separar os elementos que a compõem.


De um lado,

há os que apresentam aspectos positivos de comportamento.


Caracterizam-se pelo cumprimento dos próprios deveres e

por não representarem perigo para os demais.


De outro,

colocam-se os considerados perigosos ou indesejáveis.


Há quem afirme que os direitos humanos deveriam

ser assegurados apenas para as denominadas pessoas de bem.


Já em relação aos demais, nutre-se, muitas vezes de forma velada, o desejo de que sejam exterminados.


É com dificuldade que são tolerados,

mas sem muitas considerações para com suas necessidades ou dores.


Não se advoga que a sociedade deixe de se acautelar contra o mal, onde e como se apresente.


É preciso mesmo prevenir os vícios e as tragédias que engendram.


Contudo,

urge, a título de combater o desequilíbrio,

não odiar o desequilibrado.


A respeito, há uma interessante passagem na Terceira Epístola de João Evangelista.


Nela,

o Apóstolo exorta a que se siga sempre o bem.


E afirma que quem faz o bem é de Deus, mas quem faz o mal não tem visto a Deus.


Veja-se que ele não separa os homens entre bons e maus.


Não os divide entre justos e pecadores.


Não assevera que alguns são de Deus e outros não.


Apenas afirma que quem faz o mal tem-se mantido distante do Pai Celestial, não O tem visto.


Trata-se de uma visão lúcida e justa da realidade humana.


Quem já luta para cumprir seus deveres milita entre os Espíritos que começam a compreender o Pai.


Já os desequilibrados,

os desonestos e os violentos

ainda não conseguem pressenti-lO.


Como autênticos e graves enfermos espirituais, causam dores para si e para os outros.


Incapazes de compreender o funcionamento das Leis Divinas,

semeiam tragédias em seus caminhos.


Lamentáveis, mas ainda assim humanos, amados filhos de Deus.


Seus atos devem ser contidos, para o bem de todos.


Mas eles próprios precisam ser educados.


A principal lição do Evangelho é a fraternidade.


Jesus foi enfático ao afirmar que os sãos não necessitam de médico.


Assim,

é despropositado que quem se afirma cristão

deseje o extermínio de seus irmãos mais infelizes.


O homem caído não é alguém a ser aniquilado.


Ele representa a ovelha perdida, o precioso filho pródigo, na belíssima linguagem evangélica.


Importa,

pois, rever

o sentir em relação aos conceitos de pecado e pecador,

de crime e criminoso.


Lute-se contra o crime, mas amparando quem se lhe enredou nas malhas tenebrosas.


Que jamais se deseje a desgraça para quem já é em si muito desgraçado.


Do Evangelho,

extrai-se com clareza não haver vitória sem união.


Apenas da vivência da genuína fraternidade é que surge a paz, pessoal e coletiva.


Pense nisso.

Redação do Momento Espírita, com base no cap. 122, do livro Pão nosso, pelo Espírito Emmanuel, psicografia de Francisco Cândido Xavier, ed. Feb.

Em 22.03.2011.

domingo, 20 de março de 2011

LIVRO DA FADA LILICA - CAPÍTULO DO "LAR DE MARIA"




A magia do amor
sempre acontece
quando almas desinteressadas se unem para agir.

O desinteresse destas almas
na verdade é bastante interessado.

Pois se dirige em distribuir amor.

E como uma avalanche vertiginosa de Luz vai congregando outros corações.

Forma-se
então um amontoado
de corações inspirados por um maior
- André; nosso irmão querido,
cujo coração tem batido um compasso ao lado do nosso;
nossa inspiração.


Companis,
formando uma corrente do bem,
de elos que estão se tornando; a cada ação, mais fortes.

São corações de irmãos
que vêm caminhando juntos há milênios,
outrora capengando nos equívocos,
hoje já trabalhando para caminhar em direção ao acerto;
com muitos caminhos pela frente para serem percorridos.
Muitos tropeços a serem evitados;
e muitos aconchegos a serem aconchegados,
uns ajudando os outros.


Seremos fortes
enquanto e sempre caminharmos
juntos e por Jesus.

Seremos uma muralha
contra o egoísmo e a vaidade
enquanto estivermos realmente
procurando o acerto do Bem Maior.


E só unidos,
com humildade e disposição ao trabalho
chegaremos ao final do nosso compromisso.

Compromisso este firmado nas esferas espirituais onde estivemos abrigados.

Pela oportunidade de hoje,
agradecemos ao nosso Pai Eterno,
este Amoroso Arquiteto do Universo
que nos criou imortais para que possamos caminhar até Ele.

Conhecer o "Lar de Maria" deixou nossas almas em estado de luz!


Texto: Nieta Ede
Foto: Nieta Ede - Conselheiro Lafaiete - 20/03/2011

sexta-feira, 18 de março de 2011

LIVRO DA FADA LILICA - CAPÍTULO DA INICIAÇÃO DE UM NOVO TEMPO.

Foi ha algum tempo que tudo começou.

O primeiro sinal foram as pererequinhas minúsculas

que chegaram aos bandos, dezenas, centenas.

Por todos os cômodos, cantos e recantos.

Silenciosas; sorridentes; algumas cantavam.

Passaram a noite ali entre seres diferentes delas,

uma,

mais amorosa se enroscou

no cabelo encaracolado

daquela claridade com tons esverdeados

que trazia dentro de si o novo ser,

que dali a pouco estaria chegando para conviver

com todo este encantamento.


Bem cedinho,

o Sol já havia aparecido

para beijar as poças de água

que brilhavam encantadas com o seu calor aconchegante.

A iniciação –

que na verdade já havia se iniciado há mais tempo;

começou.

veio calmamente,

veio trazendo a tranquilidade,

a harmonia a união.


Nesse dia

chegava para nós

aquele que seria o protegido da Fada Lilica;

um mago da alegria,

um mago do sorriso,

um mago das mãos mágicas.

Foi assim a iniciação de um novo tempo.


Texto: Nieta Ede - Barbacena - 18/03/2011

Foto:Emanuelle- Janeiro 2011 -

quinta-feira, 10 de março de 2011

A INIGUALÁVEL PALAVRA DE JESUS

A inigualável palavra de Jesus

Sempre importante lembrarmos das palavras de Jesus.


A palavra do Cristo

é a luz acesa para encontrarmos na sombra terrestre,

em cada minuto da vida,

o ensejo divino de nossa construção espiritual.


Erguendo-a,

vemos o milagre do pão que, pela fraternidade

, em nós se transforma,

na boca faminta, em felicidade para nós mesmos.


Irradiando-a,

descobrimos que a tolerância por nós exercida

se converte nos semelhantes em simpatia a nosso favor.


Distribuindo-a,

observamos que o consolo e a esperança,

o carinho e a bondade,

veiculados por nossas atitudes e por nossas mãos,

no socorro aos companheiros mais ignorantes e mais fracos,

neles se revelam por bênçãos de alegria,

felicitando-nos a estrada.


* * *


Geme a Terra, sob o pedregulho imenso que lhe atapeta os caminhos...


Sofre o homem sob o fardo das provações que lhe aguilhoam a experiência.


E assim como a fonte

nasce para estender-se,

desce o dom inefável

de Jesus sobre nós para crescer e multiplicar-se.


Levantemos, cada hora, essa Luz Sublime para reerguer os que caem, fortalecer os que vacilam, reconfortar os que choram e auxiliar os que padecem.


O mundo está repleto de braços que agridem e de vozes que amaldiçoam.


Seja a nossa presença junto aos outros algo do Senhor inspirando alegria e segurança.


Não nos esqueçamos

de que o tempo é um empréstimo sagrado,

e quem se refere a tempo

diz oportunidade de ajudar para ser ajudado;


De suportar para ser suportado,

de balsamizar as feridas alheias para que

as próprias feridas encontrem remédio e de sacrificar-se pela vitória do bem,

para que o bem nos conduza à definitiva libertação.


Assim, pois, caminhemos com Jesus, aprendendo a amar sempre, repetindo com Ele, em nossas proveitosas dificuldades de cada dia: Pai nosso, seja feita a vossa vontade, assim na Terra como nos Céus.


* * *

Que a palavra de Jesus não permaneça apenas nos lábios dos oradores.


Que a palavra de Jesus não permaneça apenas nos ouvidos dos seguidores.


Ante a lembrança Dele, pensemos nas nossas escolhas de vida.


Reflitamos

se estamos escolhendo o caminho mais cômodo,

ou se já optamos pelo caminho mais seguro e certo.


A palavra de Jesus nos orienta com clareza. Ouçamos todos os que tenhamos ouvidos de ouvir.


Em algum momento

todos teremos que despertar para o bem,

e nada melhor do que despertar ao

som dos ensinos deste Amigo tão querido e zeloso.


Esqueçamos os fanatismos religiosos. Esqueçamos dogmas e mistérios.


Lembremos apenas

das lições do Mestre

que nos apontam o amor como solução,

como sentido para a vida.


Toda palavra de Jesus poderá ser resumida em apenas uma: amor.


Amemos e estaremos no mais seguro dos caminhos para a felicidade.


Redação do Momento Espírita com base no cap. 17,
do livro
Vozes do grande além, por Espíritos diversos,
psicografia de Francisco Cândido Xavier, ed. Feb.
Em 10.03.2011.

quarta-feira, 2 de março de 2011

COMPANHIA PERTURBADORA



Companhia perturbadora

Nem sempre estamos bem acompanhados,

e uma dessas companhias perturbadoras

é a que nos faz infelizes ao perceber a felicidade do outro.


A inveja não está na simples constatação do triunfo alheio.

Ela se apresenta quando essa constatação nos faz mal,

produz em nós sentimentos negativos

de revolta, de indignação.


Essa filha do orgulho instala-se em nossa alma

e nos leva aos precipícios morais do ódio sem razão.


Muito mais fácil do que buscar nossa felicidade,

nossas próprias conquistas,

é criticar, questionar, destruir a dos outros.


A inveja é preguiça moral,

é acomodação do Espírito que ainda não está desperto

e disposto a empreender a necessária luta pelo crescimento.


Ao invés de se empenhar na autovalorização,

o paciente da inveja lamenta o triunfo alheio e não luta pelo seu.


Apela,

muitas vezes, para a intriga e a maledicência,

fica no aguardo do insucesso do suposto adversário,

perseguindo-o,

buscando satisfazer seu prazer mórbido.


Egocêntrico,

não saiu da infância psicológica e pretende ser o único centro da atenção,

credor de todos os cultos e referências.



Insidiosa, a inveja é resultado da indisciplina mental e moral,

que não considera a vida como patrimônio divino para todos.


Trabalha,

por inveja,

para competir,

sobressair,

destacar-se.


Não tem ideal, nem respeito pelas pessoas e pelas suas árduas conquistas.


Esse sentir doentio

descarrega correntes mentais prejudiciais dirigidas às suas vítimas,

que somente as alcançam se estiverem em sintonia.


Porém,

os danos ocorrem em quem gera esse sentir,

perturbando-lhe a atividade, o comportamento.


Assim,

o invejoso sempre sairá perdendo.

Não apenas não resolverá seu problema

– se é que ele existe –

como sempre aumentará sua frustração, sua infelicidade.


* * *


A terapia para a inveja consiste,

inicialmente,

na cuidadosa reflexão do eu profundo em torno da sua destinação grandiosa, no futuro.


Consiste em avaliar os recursos de que dispõe e considerar

que a sua realidade é única, individual,

não podendo

ser medida nem comparada

com outras em razão do processo da evolução de cada um.


O cultivo da alegria, pelo que é, e dos recursos para alcançar novos patamares,

enseja o despertar do amor a si mesmo, ao próximo e a Deus.


Esse despertar facultará à criatura a perfeita compreensão dos mecanismos da vida

e as diferenças entre as pessoas,

formando um todo holístico na grande unidade.


* * *


Fazei vossa felicidade

e vosso verdadeiro tesouro

sobre a Terra

em obras de caridade e de submissão,

as únicas que devem contribuir

para serdes admitidos no seio de Deus.


Essas obras do bem farão vossa alegria e vossa felicidade eternas.


A inveja é uma das mais feias e das mais tristes misérias do vosso globo.


A caridade e a constante emissão da fé

farão desaparecer todos esses males,

à medida que os homens de boa vontade se multiplicarem.




Redação do Momento Espírita com base em texto da Revista Espírita,
de Allan Kardec, de julho de 1858 e no cap. 5
da obra
O ser consciente, pelo Espírito Joanna de Ângelis,
psicografia de Divaldo Pereira Franco, ed. Leal.
Em 02.03.2011.

Foto: Nieta Ede - Barbacena - MG = IEF - Fevereiro 2011