sexta-feira, 29 de julho de 2011

MORRER É VOLTAR PARA CASA

Morrer é voltar para casa
Quando a morte chega, com sua bagagem de mistérios, traz junto divergências e indagações.
Afinal, quando os olhos se fecham para a luz, o coração silencia e a respiração cessa, terá morrido junto a essência humana?
Materialistas negam a continuação da vida. Mas os espiritualistas dizem que sim, a vida prossegue além da sepultura.
E eles têm razão. Há vida depois da morte. Vida plena, pujante, encantadora.
Prova disso? As evidências estão ao alcance de todos os que querem vê-las.
Basta olhar o rosto de um ser querido que faleceu e veremos claramente que falta algo: a alma já não mais está ali.
O Espírito deixou o corpo feito de nervos, sangue, ossos e músculos. Elevou-se para regiões diferentes, misteriosas, onde as leis que prevalecem são as criadas por Deus.
Como acreditar que somos um amontoado de células, se dentro de nós agita-se um universo de pensamentos e sensações?
Não. Nós não morreremos junto com o corpo. O organismo voltará à natureza - restituiremos à Terra os elementos que recebemos – mas o Espírito jamais terá fim.
Viveremos para sempre, em dimensões diferentes desta. Somos imortais. O sopro que nos anima não se apaga ao toque da morte.
Prova disso está nas mensagens de renovação que vemos em toda parte.
Ou você nunca notou as flores delicadas que nascem sobre as sepulturas? É a mensagem silenciosa da natureza, anunciando a continuidade da vida.
Para aquele que buscou viver com ética e amor, a morte é apenas o fim de um ciclo. A volta para casa.
Com a consciência pacificada, o coração em festa, o homem de bem fecha os olhos do corpo físico e abre as janelas da alma.
Do outro lado da vida, a multidão de seres amados o aguarda. Pais, irmãos, filhos ou avós – não importa.
Os parentes e amigos que morreram antes estarão lá, para abraços calorosos, beijos de saudade, sorrisos de reencontro.
Nesse dia, as lágrimas podem regar o solo dos túmulos e até respingar nas flores, mas haverá felicidade para o que se foi em paz.
Ele vai descobrir um mundo novo, há muito esquecido. Descobrirá que é amado e experimentará um amor poderoso e contagiante: o amor de Deus.
Depois daquele momento em que os olhos se fecharam no corpo material, uma voz ecoará na alma que acaba de deixar a Terra.
E dirá, suave: Vem, sê bem-vindo de volta à tua casa.
* * *
A morte tem merecido considerações de toda ordem, ao longo da estada do homem sobre a Terra.
É fenômeno orgânico inevitável porque a Lei Divina prescreve que tudo quanto nasce, morre.
A morte não é pois o fim, mas o momento do recomeço.
Pensemos nisso.
Redação do Momento Espírita.
Disponível no Cd Momento Espírita, v. 17, ed. Fep.
Em 28.10.2010.

segunda-feira, 25 de julho de 2011

UM HOMEM CHAMADO JESUS

Um Homem chamado Jesus
Certa vez,
um Espírito Sublime deixou as estrelas,
revestiu-Se de um corpo humano e veio habitar entre os homens.

Porque fosse um exímio artista plástico, habituado a modelar as formas celestes, compondo astros e globos planetários, tomou da madeira bruta e deu-lhe formas úteis.

Durante anos,
de Suas mãos brotaram mesas e bancos,
onde amigos e irmãos se assentavam para repartir o pão.


Para receber os seus corpos cansados, ao final do dia,
Ele preparou camas confortáveis e,
porque amasse a todos os seres viventes,
não esqueceu de providenciar cochos e manjedouras
onde os animais pudessem vencer a fome.


Porque fosse artista de outras artes, certo dia deixou as ferramentas com que moldava a madeira
e partiu pelas estradas poeirentas.


Tomou do alaúde natural de um lago, em Genesaré, e ali teceu as mais belas canções.
Seu canto atraía crianças, velhos e moços. Vinham de todas as bandas.
A entonação de Sua voz calava o choro dos bebês e as dores arrefeciam nos corações das viúvas e dos
desamparados.


As harmonias que compunha
tinham o condão de secar lágrimas e sensibilizar corações endurecidos.

Como soubesse compor poemas de rara beleza,
subiu a um monte e
derramou versos de bem-aventuranças,
que enalteciam a misericórdia, a justiça e o perdão.

Porque Sua sensibilidade Se compadecia das dores da multidão, multiplicou pães e peixes,
saciando-lhe a fome física.

Delicado na postura, gentil no falar, por onde passava deixava impregnado o perfume de Sua presença.

Possuía tanto amor que o exalava de Si aos que O rodeassem.

Uma pobre mulher enferma
tocou-Lhe a barra do manto
e recebeu os fluidos curadores que lhe restituíram a saúde.

Dócil como um cordeiro, abraçou crianças, colocou-as em Seus joelhos e lhes falou do Pai que está nos céus, que veste a erva do campo e providencia alimento às aves cantantes.

Enérgico nos posicionamentos morais, usou da Sua voz para o discurso da honra,
defendendo o templo, a casa do Pai, dos que desejavam lesar o povo já por si sofrido e humilhado.

Enalteceu os pequenos e na Sua grandeza, atentava para detalhes mínimos.

Olhou para a figueira
e convidou um cobrador de impostos
a descer a fim de estar com Ele mais estreitamente.

Acreditavam que Ele tomaria um trono terrestre e governaria por anos, com justiça.

Ele preferiu penetrar os corações dos homens e viver na sua intimidade,
para que eles usufruíssem de paz e a tivessem em abundância.

Seu nome é Jesus,
o Amigo Divino
que permanece de braços abertos,
declamando os versos do Seu poema de amor:
Vinde a mim, vós todos que estais aflitos e sobrecarregados e eu vos aliviarei...


Redação do Momento Espírita, com pensamentos finais do cap. 3 do livro Quem é o Cristo?, pelo Espírito Francisco de Paula Vítor, psicografia de Raul Teixeira, ed. Fráter.
Disponível no CD Momento Espírita Especial de Natal, v. 15, ed. Fep.
Em 25.07.2011.

terça-feira, 12 de julho de 2011

QUANDO OS FILHOS CRESCEM

Quando os filhos crescem...
Há um momento, na vida dos pais, em que eles se sentem órfãos. Os filhos, dizem eles, crescem de um momento para outro.
É paradoxal. Quando nascem, pequenos e frágeis, os primeiros meses parecem intermináveis. Pai e mãe se revezam à cata de respostas aos seus estímulos nos rostinhos miúdos.
Desejam que eles sorriam, que agitem os bracinhos, que sentem, fiquem em pé, andem, tudo é uma ansiosa expectativa.
Então, um dia, de repente, ei-los adolescentes. Não mais os passeios com os pais, nos finais de semana, nem férias compartilhadas em família.
Agora tudo é feito com os amigos.
Olham para o rosto do menino e surpreendem os primeiros fios de barba, como a mãe passarinho descobre a penugem nas asas dos filhotes. A menina se transforma em mulher. É o momento dos voos para além do ninho doméstico.
É o momento em que os pais se perguntam: Onde estão aqueles bebês com cheirinho de leite e fralda molhada? Onde estão os brinquedos do faz-de-conta, os chás de nada, os heróis invencíveis que tudo conseguiam, em suas batalhas imaginárias contra o mal?
As viagens para a praia e o campo já não são tão sonoras. A cantoria infantil e os eternos pedidos de sorvetes, doces, pipoca foram substituídos pelo mutismo ou a conversa animada com os amigos com que compartilham sua alegria.
Os pais se sentem órfãos de filhos. Seus pequenos cresceram sem que eles possam precisar quando. Ontem, eram crianças trazendo a bola para ser consertada. Hoje, são os que lhes ensinam como operar o computador e melhor explorar os programas que se encontram à disposição.
A impressão é que dormiram crianças e despertaram adolescentes, como num passe de mágica.
Ontem, estavam no banco de trás do automóvel; hoje, estão ao volante, dando aulas de correta condução no trânsito.
É o momento da saudade dos dias que se foram, tão rápidos. É o momento em que sentimos que poderíamos ter deixado de lado afazeres sempre contínuos e brincado mais com eles, rolando na grama, jogando futebol.
Deveríamos tê-los ouvido mais, deliciando-nos com o relato de suas conquistas e aventuras, suas primeiras decepções, seus medos. Tê-los levado mais ao cinema, desfrutando das suas vibrações ante o heroísmo dos galãs da tela.
Tempos que não retornam, a não ser na figura dos netos, que nos compete esperar.
Pais, estejamos mais com nossos filhos. A existência é breve e as oportunidades preciosas.
Tudo o mais que tenhamos e que nos preencha o tempo não compensará as horas dedicadas aos Espíritos que se amoldaram nos corpos dos nossos pequenos, para estar conosco.
Não economizemos abraços, carícias, atenções, porque nosso procedimento para com eles lhes determinará a felicidade do crescimento proveitoso ou a tristeza dos dias inúteis do futuro.
* * *
A criança criada com carinho aprende a ser afetuosa.
A mensagem da atenção ao próximo é passada pelos pais aos filhos.
No dia-a-dia com os pais, os filhos aprendem que o ser humano, seus sentimentos são mais importantes do que o simples sucesso profissional e todos os seus acessórios.
Em essência, as crianças aprendem o que vivem.


Redação do Momento Espírita, com base no artigo Antes que elas cresçam, publicado na Revista Seleções Reader’s Digest, de setembro/98.
Disponível no livro Momento Espírita, v. 1 e no CD Momento Espírita, v. 4, ed. Fep.
Em 12.07.2011.

segunda-feira, 4 de julho de 2011

HONÓRIO ARMOND - PRÍNCIPE DOS POETAS MINEIROS!!!!!


Nancy Maria Mendes e Eliana scotti Muzzi - organizadoras da obra.

























INSÔN
IA


Lá fora a noite é enluarada e fria,
uivam molossos longamente à lua
e a tristeza glacial desta invernia
nos meus nervos de triste se insinua

E eu me ponho a pensar... Que nostalgia!
Que falta o sol me faz... que falta a sua...
E o vento zombador uiva e assobia
nos fios telegráficos da rua...

Nestas horas de angústia e de Incerteza,
tecidas de Luar, urdo e componho
previsões de futuro, às quais me afiz:
(
andar entre a aventrua e entre a surpresa,
viver entregue à Vida, ao léu do sonho
e ser, entre os mais felizes, infeliz...

Ler poemas de Honório Armond... só com vinho, vela, ao som de boa música!!!!!!

Fotos: lançamento do livro de Honório Armond