sexta-feira, 31 de dezembro de 2010

FELIZ 2011 / 2012 / .....

Anos passados estão no reflexo
do retrovisor de nossa vida;
o futuro está à nossa frente -
depende de nós.

A alegria dos outros

Um jovem, muito inteligente, certa feita se aproximou de Chico Xavier e indagou-lhe:

Chico, eu quero que você formule uma pergunta ao seu guia espiritual, Emmanuel,

pois eu necessito muito de orientação.

Eu sinto um vazio enorme dentro do meu coração. O que me falta, meu amigo?

Eu tenho uma profissão que me garante altos rendimentos, uma casa muito confortável,

uma família ajustada, o trabalho na Doutrina Espírita como médium, mas sinto que ainda falta alguma coisa.

O que me falta, Chico?

O médium, olhando-o profundamente, ouviu a voz de Emmanuel que lhe respondeu:

Fale a ele, Chico, que o que lhe falta é a “alegria dos outros”!

Ele vive sufocado com muitas coisas materiais.

É necessário repartir, distribuir para o próximo...

A alegria de repartir com os outros tem um poder superior,

que proporciona a alegria de volta àquele que a distribui.

É isto que está lhe fazendo falta, meu filho: a “alegria dos outros”.

* * *


Será que já paramos para refletir

que todas as grandes almas que estiveram na Terra,

estiveram intimamente ligadas com algum tipo de doação?


Será que já percebemos

que a caridade esteve presente na vida de todos esses expoentes,

missionários que habitaram o planeta?


Sim,

todos os Espíritos elevados trazem como objetivo a alegria dos outros.

Não se refere o termo,

obviamente,

à alegria passageira do mundo,

que se confunde

com euforia, com a satisfação de prazeres imediatos.


Não,

essa alegria dos outros,

mencionada por Emmanuel,

é gerada por aqueles que se doam ao próximo,

é criada quando o outro percebe que nos importamos com ele.


É quando o coração sorri,

de gratidão,

sentindo-se amparado por uma força maior,

que conta com as mãos carinhosas de todos os homens e mulheres de bem.


Possivelmente,

em algum momento,

já percebemos como nos faz bem

essa alegria dos outros, quando,

de alguma forma conseguimos lhes ser úteis,

nas pequenas e grandes questões da vida.


Esse júbilo alheio

nos preenche o coração de uma forma indescritível.

Não conseguimos narrar,

não conseguimos colocar em palavras o que se passa em nossa alma,

quando nos invade uma certa paz de consciência por termos feito o bem, de alguma maneira.


É a Lei maior de amor,

a Lei soberana do Universo,

que da varanda de nossa consciência exala seu perfume inigualável de felicidade.


Toda vez que levamos alegria aos outros

a consciência nos abraça,

feliz e exuberante,

segredando,

ao pé de ouvido:

É este o caminho... Continue...


* * *


Sejamos nós

os que carreguemos

sempre o amor nas mãos,

distribuindo-o pelo caminho

como quem semeia

as árvores que nos farão sombra

nos dias difíceis e escaldantes.


Sejamos

os que carreguemos

o amor nos olhos,

desejando o bem a todos que passam por nós,

purificando a atmosfera tão pesada dos dias de violência atuais.


E lembremos:

a alegria dos outros

construirá a nossa

felicidade.



Redação do Momento Espírita, com base em relato sobre
episódio da vida de Francisco Cândido Xavier, de autor desconhecido,
e que circula pela Internet.

Em 29.11.2010.


quarta-feira, 22 de dezembro de 2010

A MÃE DE JESUS



Ela crescera, tendo o Espírito alimentado pelas profecias de Israel.
Desde a meninice, quando acompanhava a mãe à fonte de água,
para apanhar o líquido precioso, ouvia os comentários.


Entre as mulheres, sempre que se falava a respeito,
perguntavam-se umas às outras,
qual seria o momento e quem seria a felizarda,
a mãe do aguardado Messias.

Nas noites povoadas de sonhos, era visitada por Mensageiros
que lhe falavam de quefazeres que ela guardava na intimidade d’alma.

Então, naquela madrugada,
quase manhã do princípio da primavera, em Nazaré,
uma voz a chamou:

Miriam.
Seu nome egípcio-hebraico, significa querida de Deus.

Ela despertou.

Que estranha claridade era aquela em seu quarto?
Não provinha da porta.

Não era o sol, ainda envolto, àquela hora, no manto da noite quieta.

De quem era aquela silhueta?
Que homem era aquele que ousava adentrar seu quarto?

Sou Gabriel,
identifica-se, um dos Mensageiros de Yaweh.
Venho confirmar-te o que teu coração aguarda, de há muito.
Teu seio abrigará a glória de Israel.
Conceberás e darás à luz um filho e lhe porás o nome de Jesus.
Ele será grande
e será chamado filho do Altíssimo
e o seu reino não terá fim.


Maria escuta.

As palavras lhe chegam, repassadas de ternura e,
pela sua mente, transitam os dizeres proféticos.
Sente-se tão pequena para tão grande mister.

Ser a mãe do Senhor.
Ela balbucia: Eis aqui a escrava do Senhor.
Cumpra-se em mim segundo a tua palavra.


O Mensageiro se vai e ela aguarda.
O Evangelista Lucas lhe registraria,
anos mais tarde,
o cântico de glória, denominado Magnificat:


"A minha alma glorifica o Senhor!
E o meu Espírito exulta de alegria em Deus, meu Salvador!
Porque, volvendo o olhar à baixeza da Terra,
para a minha baixeza e humildade atentou.
E eis, pois, que, desde agora,
e por todos os tempos,
todas as gerações me chamarão bem-aventurada!
Porque me fez grandes coisas o Poderoso e santo é o seu nome!"

E a sua misericórdia se estende de geração em geração,
sobre os que o temem.
Com seu braço valoroso,
destruiu os soberbos,
no pensamento de seus corações.

Depôs dos tronos os poderosos e elevou os humildes.
Encheu de bens os famintos e despediu vazios os ricos.

Cumpriu a palavra que deu a Abraão,
recordando-se da promessa da sua misericórdia!

Ela gerou um corpo para o ser mais perfeito que a Terra já recebeu.
Seus seios O alimentaram nos meses primeiros.
Banhou-O,
agasalhou-O,
segurou-O fortemente contra o peito mais de uma vez.
E mais de uma vez, deverá ter pensado:
Filho meu,
ouve meu coração batendo junto ao teu.
Dia chegará em que não Te poderei furtar à sanha dos homens.
Por ora,
amado meu,
deixa-me guardar-Te e proteger-Te.

Ela Lhe acompanhou o crescimento.
Viu-O iniciar o Seu período de aprendizado com o pai,
que lhe ensinou os versículos iniciais da Torá,
conforme as prescrições judaicas,
embora guardasse a certeza
de que o menino já sabia de tudo aquilo.

Na Sinagoga,
O viu destacar-Se entre os outros meninos,
e assombrar os doutores.

O seu Jesus, seu Filho, seu Senhor.

Angustiou-se mais de uma vez,
enquanto O contemplava a dormir.
Que seria feito dEle?

Maria,
mãe de Jesus.
Mãe de todos nós.
Mãe da Humanidade.
Agradecemos-te a dádiva que nos ofertaste e,
ao ensejo do Natal, te dizemos:

Obrigado, mãe.


Redação do Momento Espírita,

com base no cap. A mãe de Jesus, do livro Personagens da Boa Nova,

de Maria Helena Marcon, ed. Fep.
Em 22.12.2010.

quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

EMOÇÃO


Falar de Amor costuma ser difícil, pois cada um ama de uma maneira diferente, deixo aqui um texto de Pietro Ubaldi para que possam fazer algumas reflexões sobre o que é “amar a si próprio”, qual o significado da paixão em suas vidas, e o que você colocaria como elemento básico de um amor autêntico.




CÃNTICO DA DOR E DA PAIXÃO – PIETRO UBALDI



No silêncio da noite intensa, eu escuto o cântico de minha alma.
Um cântico que vem, de muito longe e que traz consigo um sabor de infinito.
As coisas dormem e a voz canta.
Eu velo e escuto, porque a noite escuta comigo.
O mistério que existe em mim é o mistério das coisas:
Dois infinitos se olham, se sentem, se compreendem.
Lá embaixo, pela margem deserta, além da vida, o cântico responde,

as sombras despertam, e,das profundezas,

todos os seres me estendem os braços e me dizem:
“Não temas a dor, não temas a morte; a vida é um hino que não tem fim.”
Eu os olho;

e perdôo à sarça a inocente ferocidade de seus ásperos espinhos;

perdôo à fera sua garra;

à dor sua investida, ao destino sua angústia, ao homem sua inconsciente ofensa.
“Perdoa e ama”, diz o meu cântico.
E eis que ele possui uma estranha magia;

os seres todos me olham como duendes,

e cai o espinho, cai a garra, cai a ofensa...
E, pouco a pouco,

ignorantes e cheios de espanto,

a magia do amor os vence e comigo recomeçam o hino, lentamente:

a harmonia se dilata, se espalha e ressoa em toda criação.
Sobre cada espinho nasceu uma rosa;

sobre cada dor, uma alegria;

sobre cada ofensa, uma carícia de perdão.
Abro os braços ao infinito e os seres todos, em falanges,

me estendem os braços , me falam novamente:
“Canta”, dizem-me –

“canta, cantor do infinito; nós te escutamos.

Teu cântico é amor, teu cântico é alegria, nós te acompanhamos.

Teu cântico é a grande lei, teu cântico é a grande festa da vida.

Teu canto é a luz que afugenta o ódio;

é a luz que afugenta a dor.

Canta, canta, cantor do infinito.”
“E eu canto!
Meu corpo sofre, e eu canto!
Meu corpo morre.... e eu canto!”


Texto : Pietro Ubaldi
Foto: Nieta Ede - Barbacena - Pontilhão - Natal 2010

sexta-feira, 10 de dezembro de 2010

O CRISTO DE DEUS

O Cristo de Deus

Ele já houvera sido cantado por inúmeros profetas de Seu povo, que O designavam como o Messias, o Salvador.

Em torno de Sua figura, as mais variadas expectativas se construíam. As esperanças de uma nação, firme e sincera em sua fé monoteísta, aguardavam a Sua vinda.


Àquela época, longe se faziam os tempos dos profetas, e as bocas, desde há muito haviam se calado para as vozes dos céus. A águia romana, que dominava a tudo e a todos, fazia subjugados e servos.


Assim, não eram poucos aqueles que tinham na figura do Messias a concretização dos sonhos de libertação, de retomada da Terra Prometida a Moisés, a Canaã.


As expectativas em torno do Messias eram inúmeras, porém, todas de caráter temporal e passageiro, vinculadas às coisas do mundo.


Ele chegou, anunciando que Seu reino não era deste mundo. Embora não negando Sua realeza, desprezava os tesouros do mundo, alertando que esses a ferrugem corrói, a traça come e os ladrões roubam.


Afirmava ser a Luz do mundo, mas evitava o brilho vazio das coisas do mundo. Com a mesma naturalidade que travava reflexões profundas com sábios e estudiosos, falava à multidão iletrada e ignorante.


Era capaz de explicar as coisas de Deus ao Doutor da Lei que O interpelava, assim como aos simples pescadores que O escutavam.


Em uma didática perfeita, soube utilizar das coisas do cotidiano, como o grão de mostarda, a pedra do moinho, a figueira seca, para explicar profundos conceitos de vida.


Analisava as leis do Seu povo não com os olhos, que veem as letras, mas com o coração, que enxerga a alma, dando novo alento às dores e às provações da vida.


Dava pouca ou nenhuma importância à externalidade da fé, das ações e dos sentimentos, se esses não tinham sua nascente no coração, chegando a comparar alguns seres a sepulcros, caiados por fora, e cheios de podridão por dentro.


Alertava acerca dos perigos e desafios da vida, colocando-Se sempre como o Bom Pastor, a cuidar de cada uma das Suas ovelhas que o Senhor da Vida Lhe confiou aos cuidados.


Incitava ao progresso, comparando as criaturas ao precioso sal da terra e convocando-as à responsabilidade, a fim de que o sal não viesse se tornar insosso.


Ofereceu roteiro de felicidade e paz, ao cantar o poema das bem-aventuranças, oferecendo caminho seguro para seguir. Não mais a guerra, a vingança, a revolta, pois bem-aventurados serão os mansos, os pacíficos, os aflitos.


Disponibilizou-Se como servidor de todos, ao convidar a que a Ele se achegassem os cansados e aflitos, pois Ele lhes aliviaria as pesadas cargas e dores.


E, ainda hoje, Ele aguarda a decisão de cada um de nós, a segui-lO, tomar do Seu fardo que é leve e do Seu jugo que é suave.


Já se vão séculos desde que Sua voz cantou as Leis de Deus em perfeição, pelos caminhos da Palestina, encontrando eco em muitos corações que, ao longo da História, se deixaram imolar por amor do Seu nome.


Ele ainda aguarda pacientemente que o Seu verbo encontre ressonância em nossa intimidade, e definitivamente O aceitemos como Modelo e Guia para nosso agir.


Redação do Momento Espírita.
Em 09.12.2010.

quarta-feira, 8 de dezembro de 2010

LIVRO DA FADA LILICA- CAPÍTULO ESPECIAL DO XERIFE ESPECIAL
















Às vezes fica tão difícil escrever.
Não sei se uso metáforas,
Fábulas ou vírgulas.
Talvez uma redundância daria certo.

Filosofar, sonhar, relembrar.

Falar o quê do Xerife,
Já falei do Xerifinho,
Ah! Foi fácil, muito fácil.

Mas, falar, escrever, contar
Sobre o Xerife é difícil,
São tantos momentos, não tomamos “Café em Paris”,
Mas eu o vi dançar New York, New York no Parque;
Acompanhado de uma linda jovem.
E na barbearia, fazendo a barba e cortando cabelo
Pra ir na matriz casar.
Vi, vi muitas coisas.

Como suas mãos tremeram antes da Claridade nascer,
Da satisfação de seu sorriso quando ganhou um menininho,
Aquele que nasceu sem nome, o filhotinho do meio.

Vi, vi sua angústia...
Na sua escolha, só eu e o Rafael vimos....

Ah! Quantos sorrisos, alegrias,
Pescarias, lambaris, dourados.
Tudo isto eu vi e guardei.

Está tudo aqui bem guardado;
Momentos de todos os momentos.

E a voz? Os olhos esverdeados,
O time do coração sendo campeão,

E o tom: “_ ah, Frederico, meu filho!!!!”

Não preciso de metáforas,
Nem fábulas,
Mas de muitas vírgulas,
Reticências e exclamações.

Não quero me esquecer de nada,
Quero guardar tudo dentro
Do baú azul da vida.

Vou deixar aqui neste capítulo
Só, somente só.
Somente só.

É isto,
O Xerife é isto.
É saudade, amor,
Gratidão e esperança.
É isto.
Texto: Nieta Ede – 08/12/2010
Imagem: fotos diversas

segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

FELIZ NATAL


FELIZ NATAL ! ! !

Foto: Nieta Ede - Presépio que tem sido montado há 28 anos em minha casa.

domingo, 5 de dezembro de 2010

LIVRO DA FADA LILICA - CAPÍTULO COMEMORATIVO DA COMEMORAÇÃO


Vê esta claridade?
Sente esta energia?
Vê o que eu vejo?
Sente o que eu sinto?
Tudo tão simples.
Tudo tão fácil!
Ouve o que ouço?
Lembra o que eu lembro?
Ama o que eu amo?
Esta luz é você?
Pois é.
Hoje já é
5 de Dezembro,
de novo.
E de novo,
Sempre vai ter um
dezembro com dia 5,
não é?
Ninguém, nada,
neste mundo pode mudar isto.
Só Deus pode,
e Ele não quer.
É isto,
mais uma vez,
e sempre vai ser.
Texto: Nieta Ede
Foto: Nieta Ede - Céu - sobrevoando MS. - 2007

quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

LIVRO DA FADA LILICA - CAPÍTULO ALGUMA PARTE -




Alguma parte de mim, me diz que o Sol brilha,
Alguma parte de mim, me diz que a Lua está clara e linda.

Sempre, sempre, alguma parte me diz.
Me diz coisas que quero ouvir.

Alguma parte de mim vê a primeira estrela,
Alguma parte de mim vê o passarinho voando alegremente.

Sempre, sempre, alguma parte me mostra.
Me mostra aquelas coisas que quero ver.

Alguma parte de mim ouve a canção,
Alguma parte de mim ouve o vento.

Sempre, sempre, alguma parte me faz sentir.
Me faz ouvir coisas que quero sentir.

Alguma parte de mim.
Sempre alguma parte de mim,
Me diz, me mostra, me faz sentir.


E assim vou sentindo,
Vou ouvindo,
Vou vivendo.

Alguma parte de mim diz que amo.
A outra parte também diz.
Tenho que acreditar.

Então amo.
Amo um mago especial.
Cuja especialidade é me fazer amar!

Alguma parte diz,
A outra também,
Alguma parte vê, a outra também.
Alguma parte sente, a outra? Também .

É isto:
Duas partes que vivem juntas.

Texto : Nieta Ede
Foto: Nieta Ede - Barbacena - Lua Cheia -