Falar de Amor costuma ser difícil, pois cada um ama de uma maneira diferente, deixo aqui um texto de Pietro Ubaldi para que possam fazer algumas reflexões sobre o que é “amar a si próprio”, qual o significado da paixão em suas vidas, e o que você colocaria como elemento básico de um amor autêntico.
CÃNTICO DA DOR E DA PAIXÃO – PIETRO UBALDI
No silêncio da noite intensa, eu escuto o cântico de minha alma.
Um cântico que vem, de muito longe e que traz consigo um sabor de infinito.
As coisas dormem e a voz canta.
Eu velo e escuto, porque a noite escuta comigo.
O mistério que existe em mim é o mistério das coisas:
Dois infinitos se olham, se sentem, se compreendem.
Lá embaixo, pela margem deserta, além da vida, o cântico responde,
CÃNTICO DA DOR E DA PAIXÃO – PIETRO UBALDI
No silêncio da noite intensa, eu escuto o cântico de minha alma.
Um cântico que vem, de muito longe e que traz consigo um sabor de infinito.
As coisas dormem e a voz canta.
Eu velo e escuto, porque a noite escuta comigo.
O mistério que existe em mim é o mistério das coisas:
Dois infinitos se olham, se sentem, se compreendem.
Lá embaixo, pela margem deserta, além da vida, o cântico responde,
as sombras despertam, e,das profundezas,
todos os seres me estendem os braços e me dizem:
“Não temas a dor, não temas a morte; a vida é um hino que não tem fim.”
Eu os olho;
“Não temas a dor, não temas a morte; a vida é um hino que não tem fim.”
Eu os olho;
e perdôo à sarça a inocente ferocidade de seus ásperos espinhos;
perdôo à fera sua garra;
à dor sua investida, ao destino sua angústia, ao homem sua inconsciente ofensa.
“Perdoa e ama”, diz o meu cântico.
E eis que ele possui uma estranha magia;
“Perdoa e ama”, diz o meu cântico.
E eis que ele possui uma estranha magia;
os seres todos me olham como duendes,
e cai o espinho, cai a garra, cai a ofensa...
E, pouco a pouco,
E, pouco a pouco,
ignorantes e cheios de espanto,
a magia do amor os vence e comigo recomeçam o hino, lentamente:
a harmonia se dilata, se espalha e ressoa em toda criação.
Sobre cada espinho nasceu uma rosa;
Sobre cada espinho nasceu uma rosa;
sobre cada dor, uma alegria;
sobre cada ofensa, uma carícia de perdão.
Abro os braços ao infinito e os seres todos, em falanges,
Abro os braços ao infinito e os seres todos, em falanges,
me estendem os braços , me falam novamente:
“Canta”, dizem-me –
“Canta”, dizem-me –
“canta, cantor do infinito; nós te escutamos.
Teu cântico é amor, teu cântico é alegria, nós te acompanhamos.
Teu cântico é a grande lei, teu cântico é a grande festa da vida.
Teu canto é a luz que afugenta o ódio;
é a luz que afugenta a dor.
Canta, canta, cantor do infinito.”
“E eu canto!
Meu corpo sofre, e eu canto!
Meu corpo morre.... e eu canto!”
“E eu canto!
Meu corpo sofre, e eu canto!
Meu corpo morre.... e eu canto!”
Texto : Pietro Ubaldi
Foto: Nieta Ede - Barbacena - Pontilhão - Natal 2010
Nenhum comentário:
Postar um comentário